Exposição de Christoph Girardet e Matthias Müller no espaço da Solar - Galeria de Arte Cinemática. Paralelamente foi organizado um ciclo de filmes dos dois artistas que decorreu na Cinemateca . Obrigada Monsieur Godinho pelo convite para uma das sessões, na qual fiquei a conhecer o trabalho destes costureiros de cinema.
Revisitations
Lumpen Trio na Gulbenkian #1
IMAGENS PROJECTADAS / 3, 4 e 5 de Novembro 2005
Sala Polivalente do Centro de Arte Moderna José Azeredo Perdigão, Fundação Calouste Gulbenkian
O projecto "Doubling or Nothing" assenta na sincronização visual e sonora de tempos e percepções diferentes, introduzindo deste modo na improvisação-arte do único e do irrepetível - uma memória e uma história como elementos estruturantes sujeitos à reavaliação crítica do refazer. A uma gravação sonora e visual de um concerto sem público sucederá a apresentação públicade outro concerto, na qual o trio executará uma improvisação musical sobre o resultado do primeiro concerto, e em que a gravação visual desse primeiro concerto será projectada sobre os músicos. Deste modo, o processo de gravação, logo registo, marcação temporal de todo o processo de improvisação, se, por um lado, dispersa a sua nomenclatura, por outro, ao ser objecto de uma reimprovisação, reequaciona as margens do improviso, e da sua temporalidade diversa tanto ao nível da estrutura sonora como da construção da imagem. A natureza temporal da imagem é colocada em diálogo com a temporalidade musical, inserindo aparentes marcas de duplo, colocandoo espectador na fronteira entre o original e a repetição, e no modo como amúsica e a imagem podem desenvolver paradigmas dessa dualidade.
Anteriores concertos: Restart e museu do chiado
'What is an Author?'#1
Michel Foucault (1926-1984)
'Existencialism, indeed artistic Modernism in general, privileged the author.'º
Excertos:
'The coming into being of the notion of "author" constitutes the privileged moment of individualization in the history of ideas, knowledge, literature, philosophy, and the sciences.(...) it performs a certain role with regard to narrative discourse, assuring a classificatory function. The author's name serves to characterize a certain mode of being of discourse: the fact that the discourse has an author's name, that one can say 'this was written by so-and-so' or 'so-and-so' is its author.(...) it is a speech that must be received in a certain mode and that, in a given culture, must receive a certain status.
A private letter may well have a signer - it does not have an author; a contract may well have a guarantor - it does not have an author. An anonymous text posted on a wall probably has a writer - but not have an author.
The author-function is therefore characteristic of the mode of existence, circulation, and functioning of certain discourses within a society.
º_the organizor
Lonely Hearts Club Band
"Quando o cubismo começou a ser conhecido, falava-se sobretudo de Metzinger. Ele explicou o cubismo enquanto Picasso nunca explicou nada. Levou-se alguns anos para se dar conta de que não falar era melhor do que falar demais."
Marcel Duchamp
Doubling or Nothing no Museu do Chiado
DOUBLING OR NOTHING
LUMPEN TRIO + ANA BEZELGA
Sexta-feira, 14 Outubro 2005, 19h, Sala Polivalente
O projecto assenta na sincronização visual e sonora de tempos e percepções diferentes introduzindo, deste modo, na improvisação arte do único e do irrepetível uma memória e uma história como elementos estruturantes sujeitos à reavaliação crítica do refazer. O refazer faz-se fazer. A uma gravação sonora e visual de um concerto sem público, sucederá a apresentação pública de outro concerto, na qual o trio executará uma improvisação musical sobre o resultado do primeiro concerto, e em que a gravação visual desse primeiro concerto será projectada sobre os músicos.
Deste modo, o processo de gravação, logo registo, marcação temporal de todo o processo de improvisação se por um lado dispersa a sua nomenclatura, por outro ao ser objecto de uma reimprovisação, reequaciona as margens do improviso, e da sua temporalidade diversa tanto ao nível da estrutura sonora como da construção da imagem. A natureza temporal da imagem é colocada em diálogo com temporalidade musical, inserindo aparentes marcas de duplo, colocando o espectador na fronteira entre o original e a repetição, e no modo como a música e a imagem podem desenvolver paradigmas dessa dualidade.
António Chaparreiro / guitarra
Jorge Serigado / baixo
Miguel Sá / sampler
Ana Bezelga / vídeo